quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O sofrimento faz parte da nossa história. Mas a esperança também!

“O sofrimento faz parte da nossa história. Mas a esperança também.”
Israel Belo de Azevedo

“Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”.
Jo 16:33 NVI

Diferente do que encontramos no Antigo Testamento, a fidelidade ou a veracidade das palavras de Jesus ou dos seus seguidores não é validada por uma vida próspera e uma velhice tranquila. Muito pelo contrário, tanto a vida de Jesus quanto a fé dos seguidores são marcadas por perseguições, aflições, angústias e muito sofrimento. O próprio Jesus não tem uma velhice tranquila e próspera, nem tem uma velhice, nem seus discípulos tiveram, e o próprio Jesus afirma que as aflições do mundo são a realidade de quem deseja seguí-lo.

Apesar disso, vemos que seus discípulos permanecem em seus ensinamentos, vemos uma grande expansão do número de seguidores quase imediata, vemos Pedro, Paulo e Tiago falando sobre alegria da perseguição, as pessoas se dispondo a esse sofrimento de maneira inacreditável. Por que?

“Eu venci o mundo”, disse Jesus. Ele não apenas disse, Ele entregou a vida para mostrar.

Em sua morte essa vitória não fica clara. Muitos discípulos voltaram a seus antigos afazeres quando o viram morto. Alguns não acreditaram quando ouviram da ressurreição. Estavam desiludidos a desamparados… sofrendo. E pararam.

Mas o nosso Senhor se mostra fiel, digno de crédito e misericordioso! Se mostra a cada um de seus discípulos, renova a Fé e a esperança na vitória sobre o mundo.

Não é privilégio nosso o sofrimento ou o desânimo, todos os discípulos passam por isso, mas o nosso Senhor, fiel, digno de crédito e misericordioso há de se mostrar em meio a nossa dor, e renovará a nossa esperança.

Que estejamos atentos à história dos discípulos no caminho de Emaús.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Grupos Operativos

Trabalhar com grupos nem sempre é simples, além da grande dificuldade em lidar com o grupo, conseguir seu afeto e respeito, há a questão da relevância do grupo. Simplesmente formar um grupo não significa grande coisa, precisamos nos questionar sobre o que o grupo está gerando nos participantes.

O conceito de grupos operativos nos ajuda a formar e alcançar objetivos com grupos de pessoas onde haja um foco de aprendizagem. O objetivo é identificar e remover empecilhos à um determinado aprendizado por um movimento dialético.

A dialética se dá entre posições antagônicas no grupo, no caso de um grupo homogêneo, o coordenador pode gerar uma reflexão sobre um posicionamento do grupo, a síntese dos antagonismos representa uma evolução.

Repare que este é, ou deveria ser, sempre, o objetivo de qualquer reunião religiosa.

A relevância dos grupos operativos está no método.

A observação do porta-voz é um ponto importante. O conceito de porta-voz, em grupos operativos, nos leva a considerar a influência do grupo no individuo e nas atitudes do indivíduo como uma expressão de um comportamento do grupo, por exemplo, um aluno isolado pode estar sendo discriminado pelo grupo. Uma pessoa irritada pode estar sendo perturbada pelo grupo, etc. Esta ideia é muito utilizada na terapia familiar, quando uma criança tem problemas emocionais verifica-se como é sua relação com os pais, seu dia-a-dia, etc. Com base nesse conceito, ao fazermos uma análise vertical (de um indivíduo) podemos supor um comportamento horizontal (do grupo).

Outro conceito interessante é o do bode expiatório. O bode expiatório é alguém que manifesta um comportamento rejeitado pelo grupo. É importante perceber e avaliar o motivo e se o grupo realmente deveria rejeitar o comportamento.

Na prática, para se realizar um exercício, define-se uma tarefa e um coordenador verifica, não se a tarefa está sendo executada mas, como o grupo interage e como cada participante reage no desempenho da tarefa.

Caso tenha se interessado seguem dois artigos nos quais me baseio para este post:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-24902012000100007
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-88092010000100010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt